Haddad defende fechar Minhocão
por até um ano como teste
JULIANA DIÓGENES – O ESTADO DE S. PAULO
16 Março 2016
SÃO PAULO – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), defendeu pela primeira vez nesta quarta-feira, 16, que o Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, seja fechado em caráter experimental para carros, durante a semana, pelo período de um mês a um ano.
A ideia é testar o comportamento do trânsito antes de tomar uma “decisão radical“, segundo o prefeito, como a demolição da via. (…)
“Uma das coisas possíveis seria: vamos fechar por um mês, dois meses, três meses? Vamos estabelecer um prazo para ver com a cidade vive sem isso por um tempo, sem tomar a decisão. Vamos experimentar? Se nós tivermos uma comunidade mais aberta ao experimentalismo, vamos poupar tempo, energia, desgaste pessoal e vamos chegar a solução mais viáveis”, disse Haddad, durante palestra para alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IF-SP).
O debate sobre a eficiência do Minhocão como via de tráfego vem ganhando força desde julho de 2014, quando a gestão Haddad aprovou o Plano Diretor.
No artigo 375 do projeto, a Prefeitura previu a elaboração de uma lei específica para o Minhocão “determinando a gradual restrição ao transporte individual motorizado” e “definindo prazos até sua completa desativação como via de tráfego, sua demolição ou transformação, parcial ou integral, em parque”.
(…) Segundo o prefeito, engenheiros e urbanistas “mais radicais” consultados pela gestão afirmam que vale a pena demolir o Minhocão.
Eles admitem, conforme Haddad, que o desmonte do Elevado vai causar transtorno por alguns meses, mas o trânsito vai acabar se acomodando sem a via e sem necessidade de um substituto. (…)
O prefeito disse que o Elevado é “errado” e que não teria erguido a via se fosse o gestor na década de 1970, época em que foi criada.
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Comentário do MDM – O Prefeito Fernando Haddad lançou a ideia de fechar o Elevado Costa e Silva – Minhocão ao viário por “um, dois, três meses” em caráter experimental, para testar a acomodação do trânsito, haja visto que ficou decretado pelo Plano Diretor de 2014, que o elevado deverá ser desativado definitivamente em futuro próximo.
Sem derrubar a estrutura do Minhocão, o transito se acumulará nas vias embaixo, duplicando as poluições atmosféricas e sonoras.
O MDM e os CONSEGs aprovam a sugestão do Prefeito Haddad, desde que no período experimental de um a três meses, o Minhocão fique fechado para qualquer outro uso, afim de garantir preservação de direitos dos moradores, para não terem dia e noite violadas suas privacidade e segurança e se correr o risco de se transformar o elevado numa cracolândia duplex, suspensa.
O teste é elogiável que se faça nestas condições, para se provar inutilidade do monstrengo urbanístico que degradou o centro de São Paulo, agredindo os milhares de moradores com série de problemas de saúde e segurança.
O Superintendente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Vicente Rodrigues Petrocelli afirmou que, mesmo com a desativação do elevado, a tendência é que o impacto no trânsito da região não seja tão grande e possa ser reduzido com orientação aos motoristas nas vias adjacentes. “Os motoristas tendem a buscar alternativas de trajetos”.
O Secretario de Transportes Jilmar Tatto declarou inclusive que além de fechar ao viário, “a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) tem um estudo que garante que derrubar (o Minhocão) não causa dano ao tráfego da cidade”.
Enquanto o Rio já se livrou do monstrengo urbanistico que era a Perimetral – Minhocão local – e no lugar está fazendo bela, arborizada, ajardinada avenida, aqui em São Paulo alguns querem conservar a estrutura velha e decrépita do Minhocão.
O elevado é uma aberração urbanística que foi imposta a população há quarenta e cinco anos atrás, passando no meio de prédios residenciais e agredindo violentamente a saúde e a segurança dos milhares de moradores.
Quem conscientemente iria aplicar milhões de reais para fazer operação plástica em um defunto? Não é similar ao que se quer fazer com o Minhocão, com a insanidade de fazer “parque” sobre 3 kms 400 metros de asfalto?
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