VEJA SP denuncia abandono da Praça Roosevelt, com vandalismo, drogas e depredações – Será este o futuro do Minhocão, com “parque” a 8 metros de altura, com 3,4 kms de extensão e “sem as mínimas condições de segurança”?

 Veja São Paulo

CIDADE

Praça Roosevelt sofre com vandalismo,

drogas e sujeira

O espaço, que enfrenta abandono e depredação,

tem festas na madrugada e roedores à solta

Por: Sérgio Quintella18/03/2016

 Praça Roosevelt

     Animal (rato) comendo restos de alimentos em meio ao rastro de sujeira deixado pelos frequentadores 

(Foto: Léo Martins)

 

     Encravada no coração da capital, entre as ruas da Consolação e Augusta, e sobre a passagem subterrânea da importante Ligação Leste-Oeste, a Praça Roosevelt é um conjunto urbanístico com 25 000 metros quadrados distribuídos por cinco níveis e um extenso currículo de abandono. Inaugurado em 1970, o espaço viveu anos de degradação, sobretudo a partir da década de 90, até uma ampla reforma, de 55 milhões de reais, alterar esse rumo em 2012.    

 

     Na ocasião, o lugar ganhou pergolado de madeira, parque infantil, área para cachorros, pista de skate e três quiosques, além de 260 árvores e luminárias novas, em um renascimento celebrado pelos paulistanos. 

 

     Quatro anos depois, no entanto, o local voltou a apresentar problemas. Vários dos equipamentos recém-instalados estão sem condições de uso, depredados e pichados por vândalos. 

 

     Como se não bastasse a ruína física, os vizinhos abriram guerra contra a baderna protagonizada por alguns dos frequentadores. 

 

     Nos últimos dois anos, a associação de moradores enviou oitenta reclamações de barulho e de outros incomodos à subprefeitura da Sé, que é responsável pela área. Praça Roosevelt 1

Embalagens de pizza deixadas na praça

 (Foto: Léo Martins)

 

     De dia, os skatistas são considerados os maiores vilões do pedaço. “Em vez de eles desviarem, os pedestres é que precisam tirar o pé da frente, senão eles passam por cima”, reclama a comerciante Sueli Cirelli, dona de uma pet shop em frente à praça.

 

     À noite, as pranchinhas cedem lugar a grupos de jovens que se reúnem para beber até o dia raiar.

 

     “É a turma do ‘filho único’ ”, afirma o aposentado Orlando Martins, em alusão ao clássico Trem das Onze, de Adoniran Barbosa, cujos versos costumam ser entoados de forma desafinada e insistente madrugada adentro. “Só temos descanso quando chove”, completa. 

 

     Quando São Pedro não colabora com o sossego, a festa começa por volta das 23 horas e termina após as 6 da manhã. Nos fins de semana, vendedores de pizza informais instalam-se por lá e oferecem os discos nas tradicionais caixas.

 

     “Assim que o jantar termina, começa o campeonato de discos voando”, queixa-se a presidente da associação de moradores da Consolação, Marta Regairás.

 

     Ou seja, as embalagens são arremessadas para todos os lados e amanhecem empilhadas pelos canteiros.

 

     O resultado óbvio para restos de comida espalhados no chão? Uma infestação de ratos.

 

     No sábado passado (12), a reportagem de VEJA SÃO PAULO contou pelo menos uma dúzia de roedores circulando com desenvoltura e abocanhando sobras de comida nos jardins.

 

     “Vamos remover de lá os ambulantes”, promete o subprefeito da Sé, Alcides Amazonas, como se o problema fosse recente. 

 Praça Roosevelt 2

Banheiro com a parede pichada:

moradores de rua procuram abrigo no local 

(Foto: Léo Martins)

 

 

     Outro motivo de reclamação é o vandalismo. Os skatistas são acusados de ser os principais depredadores.

 

     Apesar de terem uma pista de 1 150 metros quadrados à disposição, muitos usam os bancos de madeira da praça como rampas — vários estão quebrados.

 

     “Alguns caras arrancam as lixeiras para que sirvam de obstáculo”, conta o estudante de arquitetura Raí Brito, que pratica o esporte ali há um ano. “Por outro lado, outros até compram massa corrida para consertar o chão quebrado.”

 

     Os spots de iluminação do pergolado foram arrancados, o parquinho acabou depenado e o banheiro encontra-se pichado. Dos três quiosques, um teve vidros arrancados e sofreu um incêndio, e outro está depredado. 

 Praça Roosevelt 3

Resto de um quiosque que foi depredado:

cenário é de completo abandono 

(Foto: Léo Martins)

 

     Todos esses locais costumam abrigar moradores de rua. A prefeitura diz que as estruturas serão reformadas e transformadas em café e casa de suco. “O restante será arrumado, mas vão quebrá-lo de novo”, lamenta Amazonas.

 

     O único quiosque intacto é o da PM. 

 

     A presença da polícia, no entanto, não inibe o consumo de drogas, que ocorre até mesmo à luz do dia.

 

http://vejasp.abril.com.br/materia/praca-roosevelt-degradacao-vandalismo-drogas

     COMENTÁRIO DO MDM – Esta é a situação de total descalabro de uma Praça como a Roosevelt.

     Como se sabe, na Praça Roosevelt tem  Postos da Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana.

       Lembrando que a Praça Roosevelt tem “conselho gestor”.

     Imagine “parque” sobre o Minhocão, a oito metros de altura, “sem as mínimas condições de segurança” para a população, conforme Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros e ao longo de 3 quilômetros de 400 metros de extensão?!!! 

     Porque esta insensatez de forçar a Prefeitura a fazer gastos astronômicos, fadados ao fracasso, no meio da crise que assola o país e a economia, para satisfazer interesses de firma estrangeira  – https://www.facebook.com/TriptyqueArchitecture.PageOfficielle – e outros, estabelecendo plano triplo: “parque” Minhocão / jardins verticais / Marquise Minhocão & Cia, aos custos de milhões de reais conforme informa a internauta Irene Machado?

     A Prefeitura de São Paulo que não tem recursos para manter as mais de duas mil árvores que caíram nos últimos meses por falta de manutenção – inclusive causando mortes a munícipes – vai se submeter a esta pressão para gastar milhões dos cofres municipais, sabendo que será um investimento fracassado e contra os interesses dos moradores e da cidade como um todo?

     A Prefeitura de São Paulo que não tem verba para chamar para a ativa, centenas de jovens concursados, aprovados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), para reforçar a segurança da população; vai se submeter a esta pressão insensata de gastar milhões dos cofres municipais, sabendo que será um investimento fracassado e contra os interesses dos milhares de moradores-eleitores e progresso da cidade como  um todo?

     Os próximos acontecimentos revelarão para onde se direciona a Administração municipal.

COMENTÁRIOS DOS INTERNAUTAS

Regina Olga Pacheco Bastos Ontem, às 21h29

          Acrescente a esta , carros que circulam na contra mão, quase atropelando a nós pedestres, o carnaval, que retira de nós moradores, a liberdade de ir e vir; e o total desinteresse ainda da GCM e PM, que embora estejam uma de cada lado da Praça, nada faz!

 

          Que adianta gastar tudo que foi gasto , na renovação desta, se virou terra de Ninguém? Uma pena! Em Qq outro lugar do mundo, seria muito diferente!

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