MDM – Movimento Desmonte Minhocão – comenta documento do Ministério Público sobre uso indevido do Minhocão e declaração perplexitante do Prefeito F. Haddad

 

 

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Comentário do MDM

 Movimento Desmonte Minhocão

 

A recente RECOMENDAÇÃO do Ministério Público à

Municipalidade, da lavra do Dr. César Ricardo Martins

DD. Promotor de Justiça de Urbanismo e Habitação

do Ministério Público atendeu a REPRESENTAÇÃO

dos CONSEGsConselho de Segurança – da

Consolação/ República/Bela Vista, Santa

Cecília/Barra Funda e Pacaembu/Perdizes, que tem

como seu dever cooperar junto às autoridades, no sentido

de preservar e garantir a segurança da população.

 

        O Ministério Público não só atendeu a demanda das

entidades representativas locais, como ao Laudo do

Corpo de Bombeiros, que inviabiliza o uso do

mencionado viário – Minhocão – para outras finalidades,

por não ter as mínimas condições de segurança

para a população.

 

        O Ministério Público atendeu também solicitação do

Comando do Policiamento da Área Metropolitana da

Polícia Militar, área Centro – CPAM – que na pessoa

de seu ilustre Comandante, Coronel Luiz Henrique Di

Jacintho Santos, que no Ofício CPAM – 063/30/16, de

14/3/2016, sobre eventos e utilização do Elevado Costa

e Silva, solicita “medidas judiciais cabíveis afim de que

o espaço público Elevado Costa e Silva – Minhocão –

seja impedido de ser palco para qualquer tipo

de utilização diversa àquela para o qual foi

concebido”. 

Desmonte incêndio 1desmonte prédio colado ao Minhocão 

         Há a agravante de que os prédios ao longo do

Minhocão são antigos, colados uns aos outros e no caso

de incêndio, as pistas do Elevado precisam estar

livres para a ação rápida do Corpo de Bombeiros, afim

de evitar que o local se transforme numa imensa tocha. 

 

        Assim o Ministério Público coroou com oportuna

sábia, prudente e fundamentada peça jurídica,

documentos anteriores que pelas mesmas razões vetou

eventos sobre o Elevado Costa e Silva – Minhocão -, a

saber:

Desmonte Cultural Virada

2014 – Evento no Minhocão

Milhares de pessoas, a 8 metros de altura,

sem rotas de fuga

“sem as mínimas condições de segurança”

 

          1º ) TAC – Termo de Audiência e Conciliação – de

18 de junho de 2015, Autos no 14.279.295/2015, da lavra

do 4º Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo, Dr.

Mário Augusto Vicente Malaquias, que vetou uso do

Elevado Costa e Silva – Minhocão – para eventos da

Virada Cultural, promovida pela Secretaria da Cultura

Municipal;

 

          2º ) TAD – Termo de Audiência e Deliberação, de

18 de setembro de 2015, Autos no 14.279.363/2015, da

lavra do 4º Promotor de Justiça de Habitação e

Urbanismo, Dr. Mário Augusto Vicente Malaquias, que

vetou uso do Elevado Costa e Silva – Minhocão – para

Audiência Pública do vereador J. Police Neto, autor

do Projeto de Lei 10/2014, que pretende “parque” sobre o

mencionado viário.

 

          3º ) RECOMENDAÇÃO, de 31 de janeiro de 2016,

do Excelentíssimo Sr. Dr. José Fernando Cecchi Junior,

4º Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo

da Capital, que vetou desfile de blocos carnavalescos

sobre o Elevado Costa e Silva – Minhocão -, os quais –

como os eventos anteriores – foram transferidos

para outros locais, onde a população pudesse deles

participar, tendo seu direito humano fundamental

garantido: a integridade física. E não participando de

evento em local a 8 metros de altura, sem a mínima

condição de segurança, cfr. Laudo Técnico do Corpo de

Bombeiros da Polícia Militar da capital. 

 

          Dr. José Fernando Cecchi Junior, 4º Promotor de

Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital determinou

inclusive que “que sejam adotadas todas as

providências para garantir que isto não ocorra ( como ,

por exemplo, a colocação de barreiras físicas,

alocação de agentes de trânsito, guardas civis etc ),

SOB PENA DE RESPONSABILIZAÇÃO PESSOAL

CIVIL E CRIMINAL“.

 

         Os eventos foram transferidos para outros

locais e a população, em sua totalidade, acatou a

prudente, sábia e oportuna decisão do Ministério

Público – Promotoria de Justiça, Habitação e

Urbanismo – com o bom senso e a  cordura que

caracterizam o temperamento e o espírito nacional.

 

          Assim, em relação ao mencionado sábio, oportuno,

prudente e solidamente fundamentado documento, não

causa perplexidade a declaração do atual Alcaide

de que para ele seria “novidade” o MP questionar a

segurança do Minhocão?

 

          Desconhece ele a documentação acima que há

praticamente um ano vem sido emitida e divulgada pelo

MP, sendo que um deles lembra  que o Artigo 132 do

Código Penal  caracteriza como crime colocar pessoas

em local de risco a vida e a saúde

 

          Não é lamentável apresentar o sofisma de que

nunca aconteceu nada”?… 

 

          Não é lamentável? Então, será preciso acontecer

um incidente, uma tragédia, para a autoridade tomar

providências?  

 

          A Boate Kiss (RS) funcionava há anos… até a noite

trágica, que consumiu a vida de centenas de jovens que

lá foram para se divertir.

 

          O assunto é muito sério.  Estamos tratando de

vidas humanas.

 

          A ex-Prefeita Erundina, quando em 1989 decretou

o fechamento do Minhocão à noite e nos finais de

semana,  era na intenção de favorecer os mais de 230 mil

moradores que residem ao longo dos 2,7 kms de

extensão do famigerado elevado, imposto a população há

45 anos atrás, passando no meio de prédios residenciais

, sem nenhum estudo de impactos ambientais.  

 

          Favorecer os milhares de moradores no sentido de

poderem à noite e nos finais de semana, abrirem as

janelas de seus apartamentos e respirarem um pouco

de ar não poluido pelos escapamentos dos 70 mil carros

dia (dados da CET) que trafegam pelas pistas do

monstrengo. 

 

        Lamentavelmente, o que ocorreu? Sobretudo a partir

de 2014, com político – Police Neto – tendo apresentado

projeto de lei (PL 10/2014) para impor “parque”

sobre o Minhocão, juntamente com associação fundada

para este fim, volumosos recursos começaram a ser

aplicados em propaganda em certa mídia para induzir

pessoas incautas  a subirem no Minhocão, promoção de

eventos etc. 

 

        Com isso, os problemas foram aumentando como

numa enorme bola de neve, agredindo ainda mais os

milhares de moradores que aqui residem e que querem

paz e sossego para descansar nos finais de semana. 

 

         Assista, por exemplo, a estes vídeos. Quem

gostaria de ter isso em frente a sua janela à noite, ou num

final de semana quando você quer sossego para

descansar dos trabalhos da semana?

 

https://www.youtube.com/watch?v=0Axn0SsFCus

https://www.youtube.com/watch?v=AC1z1IZyMok

https://www.youtube.com/watch?v=YEfFG6VH2go

 

       O Promotor de Justiça de Urbanismo e Habitação

do Ministério Público Dr. César Ricardo Martins,

  Promotor de Justiça de Urbanismo e Habitação não

qualificou muito bem a situação que sofrem os mais de

230 mil moradores ao longo do Minhocão como

“INCOMODIDADE INSUPORTÁVEL”

 

       Entre os graves problemas está também a falta de

privacidade dos moradores, além da insegurança pelos

assaltos, vandalismo, tráfico de drogas etc, como

documenta – entre outras matérias – reportagem do

DIÁRIO DE SÃO PAULO Desmonte falta de privacidade

Minhocão

Falta de privacidade  aos milhares de moradores

Desmonte depredações 1

Desmonte depredações

Vandalismo e depredação dos imóveis. Muitos moradores já desistiram de substituir os vidros quebrados de suas janelas e colocam pedaços de papelão ou plástico.

   http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/84365/minhoc-o-palco-de-sexo-expl-cito-e-viol-ncia

 

          O documento do Ministério qualifica como

INSUPORTÁVEL INCOMODIDADE o uso indevido do

Minhocão, baseado na documentação apresentada: fotos,

vídeos, depoimentos. 

 

           A reportagem do Diário de São Paulo, por

exemplo, de 18/07/2015, “Minhocão é palco de sexo

explícito e violência” – Filipe Sansone

[email protected] revela o drama que vivem

os milhares de moradores ao longo do Minhocão. Informa

que o repórter que “nem só de festa vive o Elevado Costa

e Silva, o Minhocão, que neste sábado (18) será fechado

mais uma vez para a circulação de veículos, a partir das

15h (a interdição vai até as 6h30 de segunda-feira).  

 

          Depois que os ciclistas e pedestres deixam o local,

entra em cena a violência e até a prática de sexo,

segundo quem mora na região, além do consumo de

drogas e vandalismo.

 

          Quem mais sofre com essa mudança de

comportamento no elevado são os moradores de

prédios vizinhos.

 

          Além de terem problemas com a gritaria de

pessoas alcoolizadas e usuários de entorpecentes, há

reclamação de que travestis fazem sexo sem o

menor pudor — fora as pedradas que as janelas dos

apartamentos recebem.

 

          Esse é o caso da vendedora Marlene Lopes, de 53

anos, que mora no quarto andar de um edifício na

Avenida São João, altura do número 2.000, sentido

Centro, e que teve a janela de seu quarto quebrada por

pedradas em dois pontos. 

 

          “Eu já nem troco mais o vidro da janela, porque sei

que, se arrumar, ela será quebrada de novo.  Além disso,

fico vendo o pessoal usando maconha, pois o cheiro sobe

forte aqui. E ainda tem o sexo que rola solto,

principalmente entre travestis que vêm aqui e aproveitam

os locais mais escuros para transar. É uma

loucura”, afirmou a vendedora. 

 

          Pancadaria/  A aposentada Carmelinda da Silva

França, 64 anos, que mora próximo a Marlene, relatou

que há cerca de 20 dias teve o sono interrompido por

causa de uma briga que acontecia em cima do elevado.  

 

          “A confusão foi entre 23h e 23h30, com dois

rapazes e uma mulher, que vieram brigando desde a

Estação Marechal Deodoro, subiram o Minhocão e a

gritaria aumentou”, contou. “Chegou uma hora que o

negócio pareceu sair de controle e um dos homens e a

mulher ameaçaram tentar jogar o outro lá de cima. A

gente chamou a polícia, mas de nada adiantou.” 

 

          Já o tecnólogo em radiologia Leandro Polo,

morador na altura do 2.100 da Avenida São João, afirmou

sentir medo em caminhar à noite pelo Minhocão — além

dos fins de semana, o elevado fecha ao trânsito todos os

dias das 21h30 às 6h30.

 

        “Tem muito roubo de celular e travestis

mostrando suas genitálias para os moradores”, disse. (…)

 

http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/84365/minhoc-o-palco-de-sexo-expl-cito-e-viol-ncia

Desmonte assalto sobre Minhocão 1

Desmonte insegurança 1

Desmonte insegurança 2 - Cópia

Falta de segurança – moradores vivem cercados com lanças e arame farpado como num campo de concentração (em pleno século XXI)

 

        Não é lamentável que o Sr. Prefeito F. Haddad não

esteja ciente desta situação pública e notória, falando

que para ele seria “novidade” o assunto falta de

segurança no Elevado Costa e Silva – Minhocão?

 

        Apresentamos nosso desagravo ao Ministério

Público, na pessoa do Dr. César Ricardo Martins DD.

Promotor de Justiça de Urbanismo e Habitação do

Ministério Público ante a “Carta de Repúdio”, do

vereador Police Neto. 

 

          Não é lamentável que o mencionado vereador ao

ver seus interesses políticos contrariados, sem refutar a

brilhante peça, sem argumentos, lança pela

internet críticas contra o Ministério Público e o Dr. César

Ricardo Martins DD. Promotor de Justiça de

Urbanismo e Habitação do Ministério Público, bem

como epítetos depreciativos como “retrógrados,

insensatos”, ao se referir as associações locais.

 

https://www.facebook.com/groups/157092577826500/permalink/494054474130307/

 

          É preciso esclarecer que os CONSEGs, o MDM, a

Associação dos Moradores de Santa Cecília e

Associação do Moradores de Campos Elíseos

desejam o Desmonte do Elevado Costa e Silva –

Minhocão, estrutura decrépita, de 45 anos atrás,

passando no meio de prédios residenciais, imposta sem

nenhum estudo de impactos ambientais, causando

inúmeros problemas de saúde, segurança e

incomodidade para os mais de 230 mil moradores que

residem ao longo e no seu entorno.Viaduto demolido - Praça

           Países como Estados Unidos, Espanha, Canadá,

França e até Coréia do Sul, eliminam viadutos e no local

se fazem belas avenidas ajardinadas, como ocorreu

também no Rio de Janeiro onde fizeram o

desmonte/demolição do Minhocão local (Perimetral) e no

local estão fazendo novo cartão postal da Cidade

Maravilhosa.

 

          Enquanto isso, em São Paulo, a terceira maior

metrópole do mundo, a maior capital da América do Sul,

alguns querem perpetuar uma estrutura degradada,

decrépita como o Minhocão, aberração urbanística,

que entrava o progresso, a reurbanização e

revitalização desta importante área central de nossa

cidade.

 

          Quem é então o “retrógrado”?

https://www.minhocao.net.br/

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[email protected];

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