NR: as reportagens a seguir vem de encontro a preocupação das associações comunitárias e milhares de moradores, em relação a insistência da Prefeitura em querer fazer parque a 8 metros de altura, sobre a estrutura degradada do Minhocão, ao custo inicial de 36 milhões.
Existe Projeto de Lei 10/14 aprovado? Projetos se aprovam e se revogam. Ou está se tratando de Projeto-de-Lei-Dogma? Não se deve procurar o melhor para nossa cidade e seus moradores?
O Minhocão é elevado que passa no meio de prédios residenciais e milhares de moradores são vítimas diariamente de sérios problemas de segurança, saúde, altos índices de poluição e incomodidade insuportável. Fazer parque neste local inapropriado – Parque é no chão – não irá agravar ainda mais os mencionados problemas?
Não será mais uma obra-temerária, fadada ao fracasso, com o sério risco de se transformar em uma Cracolândia suspensa?
Bruno Ribeiro na matéria em O ESTADO DE SÃO PAULO e reproduzida na revista ISTOÉ, Prefeitura de SP prevê Parque Minhocão pronto em 600 dias” – Estadão Conteúdo, abordou o assunto.
(…) “Grupos organizados querem que o Ministério Público Estadual atue para impedir o prosseguimento da proposta. O Movimento Desmonte o Minhocão (MDM) enviou ofício nesse sentido à Promotoria de Proteção do Meio Ambiente, que tem inquérito para acompanhar o projeto.
“A atual administração alega não ter dinheiro para manter nosso principal parque, o Ibirapuera, e quer privatizá-lo. Mas, ao mesmo tempo, alega dispor de R$ 38 milhões para fazer parque de 900 metros sobre o famigerado Minhocão. Quem vai mantê-lo?” questiona Francisco Machado, representante do movimento (MDM).
Entre moradores da Santa Cecília ouvidos pela reportagem, a proposta também gera muitas dúvidas: falta de segurança, com assaltos ocorridos durante a noite, entulho acumulado na parte de baixo do elevado e incertezas sobre como será o parque daqui a alguns anos.
“A Prefeitura não cuida nem das praças aqui, como vai cuidar do parque?”, questiona uma moradora. (…)
https://istoe.com.br/prefeitura-de-sp-preve-parque-minhocao-pronto-em-600-dias/
Grana jogada fora
3.jun.2019
Jardiel Carvalho/Folhapress
Esqueleto da UPA Cidade Tiradentes.
A cidade de São Paulo tem 106 obras paradas,
com investimento de R$ 1,4 bilhão.
Que a grana está curta para toda a administração pública, ninguém discute. Como a economia do país encolheu e ainda está longe de ter se recuperado, a arrecadação de impostos não acompanhou o crescimento dos gastos. Nessa situação, é ainda mais triste ver o dinheiro do contribuinte desperdiçado.
Um exemplo acaba de ser descoberto na capital paulista pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Como mostrou reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a prefeitura gastou R$ 1,4 bilhão em obras que hoje estão paradas – e muitas provavelmente vão ficar sem conclusão.
Existem diferentes motivos para o abandono dos projetos. Às vezes, o governo municipal muda e escolhe outras prioridades. Em outros casos, aparecem denúncias de maracutaia e o empreendimento vai parar na Justiça. Ou então a grana simplesmente seca.
Segundo o TCM, há 106 obras paralisadas na cidade, incluindo escolas, unidades de saúde, parques, ruas e planos de saneamento. O atraso médio é de três anos e meio, chegando a mais de dez anos em alguns exemplos.
Para terminar tudo, seriam necessários R$ 5,8 bilhões, segundo o cálculo dos técnicos do tribunal. Isso é bem mais do que a prefeitura tem conseguido investir por ano nesses tipos de projetos. Muita coisa vai ficar pelo caminho.
A Prefeitura de São Paulo prevê uma receita de R$ 58 bilhões neste ano. Mesmo que dê isso tudo mesmo, a maior parte da grana vai para o pagamento de pessoal ativo e inativo, além de compromissos com dívidas e despesas do cotidiano. Sobra pouco para o restante.
Políticos gostam de inaugurar obras. Na pindaíba atual, precisam parar de jogar para a plateia e planejar direito.
https://agora.folha.uol.com.br/editorial/2019/06/grana-jogada-fora.shtml#
https://www.minhocao.net.br/
https://www.facebook.com/movimentodesmontedominhocao/