Superintendente de Planejamento e Projetos da CET, Dr. Ronaldo Tonobohn: “Se o Minhocão fosse excluído como via de tráfego, o impacto seria mínimo”.
NR: em Audiência Pública no Plenário da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 28.5.15, o Superintendente de Planejamento e Projetos da CET, Dr. Ronaldo Tonobohn assim se pronunciou sobre a eliminação do Elevado João Goulart (Minhocão):
(…) “Isso não causa nenhum impacto severo no sistema viário.
Hoje nós temos nós temos ali o eixo da Hermano Marchetti, que não existia na época do Minhocão foi concebido. Hoje nós temos alternativas viárias para absorver esse tráfego do Minhocão.
Se o Minhocão for desativado, do ponto de vista da mobilidade, nós temos a área que ele ocupa hoje, que é a área dos pilares do Minhocão, que aquilo é uma monstruosidade de robusto, que ocupa um canteiro central maravilhoso.
Os pilares de sustentação do Minhocão ocupam 8 (oito) metros embaixo
E que esse canteiro central pode ser aproveitado para uma diversidade de situações de mobilidade. Instalar melhor a ciclovia que está sendo implantada.
“Ciclovia sem Minhocão: Saúde para a População“,
dizeres da faixa de manifestação dos moradores
O projeto tem que resolver situações de contorno desses pilares. De transitar entra as paradas de ônibus. Que é dificultado por esses pilares. Elementarmente, do ponto de vista da mobilidade, nós teríamos mais recursos para trabalhar a mobilidade na cidade, sem a presença do Minhocão. (…)
Do ponto de vista de mobilidade, estritamente, a inexistência do Minhocão, para a gente, oferece mais do que aquele elemento construtivo permanecer ali“.
(…) “Esse volume (viário) seria praticamente todo absorvido hoje”, explica o Superintendente de Planejamento e Projetos da CET, Ronaldo Tonobohn.
“Essa ligação de longa distância leste-oeste, do ponto de vista prático de velocidade, é muito melhor se puder ser feita pela Marginal do Tietê.”
Segundo Dr. Tonobohn, com a ampliação da Marginal do Tietê, em 2010, parte das viagens que eram feitas pelo elevado migrou para a via expressa.
“Se o Minhocão fosse excluído como via de tráfego, o impacto seria mínimo e tende a ser minimizado com o tempo em função de outros investimentos”, afirma Dr. Tonobohn, à época, Superintendente de Planejamento e Projetos da CET.
“O Minhocão é uma caixa fechada e se nós aumentarmos o número de volume do viário embaixo, evidentemente vai aumentar ali embaixo o volume de emissão de poluentes, gases e particulados principalmente“. (…)
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Segundo a Folha de São Paulo, 27.set.2020, apenas “2% de todos os automóveis que circulam por dia na cidade” passam pelo Minhocão.
(…) “Passam por lá (pelo Minhocão) 78 mil veículos todos os dias, 2% de todos os automóveis que circulam por dia na cidade, segundo a prefeitura”.
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NR: Trânsito – Com a duplicação das Marginais, o trânsito leste-oeste diminuiu significativamente no Minhocão.
Sobre o Elevado João Goulart – Minhocão – o Plano Diretor Estratégico (lei nº 16.050/14), inclui no artigo 375, parágrafo que diz haverá ‘gradual restrição ao transporte individual motorizado no Elevado Costa e Silva, definindo prazos até sua completa desativação como via de tráfego”.
Movimento Desmonte do Minhocão
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